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A agricultura comercial na Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND) nas décadas de 1950 e 1960

Colheita de amendoim na CAND, 
acervo de fotos disponível no CDR/UFGD

Ana Paula Menezes*

A criação da Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), inserida no projeto varguista da Marcha para Oeste, insere-se também no fenômeno das frentes pioneiras, ou seja, um processo de incorporação de novas áreas à economia capitalista sob o estímulo da industrialização do Sudeste brasileiro. Nesse contexto, especialmente na década de 1950 a CAND recebe um grande número de migrantes, os quais, recebendo lotes gratuitos, se dedicaram quase que exclusivamente à agricultura.

A presente pesquisa, baseada sobretudo em documentos escritos e fontes memorialistas, mostrou que, pelo menos na década de 1950, os gêneros tipicamente comerciais (café, algodão e amendoim) foram pouco cultivados. No entanto, a elevada produção dos gêneros classificados como de subsistência (como feijão, milho, mandioca etc.) indica que também esses gêneros eram produzidos com vistas ao comércio. No que se refere às práticas de produção, venda e transporte, pudemos verificar que as dificuldades eram muitas, desde a obtenção dos lotes até o cultivo e a colheita, os quais exigiam um pesado serviço manual, porém a maior dificuldade era a de escoamento, o que acarretava a perda de grande parte da significativa produção da colônia.

* Mestra em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

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