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1977, o último ano de Elvis Presley


anos 50

Como todos devem ter visto ultimamente, suponho, comemoram-se 37 anos da morte de Elvis Presley. Assim, como historiador e, ao mesmo tempo fã, gostaria de falar um pouco sobre o último ano de Elvis, 1977. Ano de muitas apresentações ao vivo, lotações de estádios e casas de shows, acúmulos depressivos, problemas de saúde, entre outras coisas, até o dia em que sucumbiu o Rei do Rock, em 16 de agosto.

Não se pode falar em isenção em História, isso já é claro para todos os que possuem alguma experiência, portanto, falar de Elvis me faz também levar em conta uma carga sentimental e contemplativa. Quem assistiu Elvis In Concert, o último documentário, que Elvis nem chegou a assistir – foi lançado em outubro de 1977, dois meses depois de sua morte, pode perceber o quanto ele havia mudado, como todos mudam, e não era mais o esbelto the pelvis dos anos 1950. Mas sua voz mostrava o por que dele ser tão significativo para a música de maneira geral.


Cena de abertura do especial “Elvis In Concert”. MGM, 1977.

Elvis em 1977 é o cantor de turnês intermináveis, que se iniciam em 12 de fevereiro e se estendem até 26 de junho, num total de 55 shows. Seu último foi no Market Square Arena em Indianápolis (estádio demolido em 8 de julho de 2001). Elvis já não vinha fazendo apresentações em Las Vegas, seguindo on the road, com os shows ao longo dos Estados Unidos.

Ingresso do último show de Elvis, Indianápolis, Indiana, 26 de junho de 1977.

Elvis lançou apenas um disco em 1977, Moody Blue, que havia gravado em um estudio improvisado pela RCA Victor em sua mansão no ano anterior, 1976. Este álbum é uma mescla de músicas do referido estúdio com algumas músicas gravadas ao vivo, dentre as quais Unchained Melody (a música do filme Ghost, do outro lado da vida).

Reprodução do especial “Elvis In Concert”. MGM, 1977.


Nesse ano, segundo relato de amigos e parentes, Elvis se encontrava muito descontente com sua condição, sua forma física e com a falta de descanso, por isso planejava dar uma reviravolta e rever seus planos. Ele até tentou sair de férias, indo ao Havaí em maio, mas teve que retornar antes do previsto devido a uma inflamação nos olhos. As coisas andavam complicadas para o Rei, e semelhantemente ao que aconteceu com Michael Jackson em 2009, Elvis não chegou a completar seus planos. Tudo estava preparado para a próxima turnê que se iniciaria em agosto, mas no dia da estréia foi justamente o dia em que Elvis veio a falecer, 16 de agosto.

A imagem de Elvis diante da imprensa se encontrava delicada, mas isso também é discutível. A imprensa estampava um Elvis com problemas de saúde, dependente de barbitúricos e cheio de manias – dentre elas de gastar demais. Para piorar, no mês de julho, os seus ex-guarda-costas, Sonny e Red West, lançam o livro Elvis What Happened?, um duro golpe de dois grandes antigos amigos, irritados por terem sido demitidos. No livro eles contam "as aventuras" de Elvis e sua suposta relação com as drogas.

Por fim, deve-se dizer que muito se especulou sobre sua vida quando ele morreu, em 16 de agosto de 1977. Alguns (ou muitos) inclusive aproveitaram-se para fazer fortunas com sua morte. Mas, como eu particularmente gosto de fazer todo ano nesta data, seja pela internet ou mesmo em outros meios, gostaria de registrar minha homenagem ao cantor Elvis Presley. Isso independentemente de qualquer fato ou interpretação relacionados à sua vida pessoal ou suas aventuras e desventuras. Que seja apenas um lembrete nesta data dos 35 anos sem Elvis, do Elvis humano, do show-man que foi, com seu talento incrível, com todo seu poder de arrebatar multidões, como ainda hoje se vê ao redor do mundo.

E como disse o Agente K do filme MIB – Homens de Preto 1, “Ele não morreu, só foi pra casa!”




* Postado originalmente em 16 de agosto de 2012.

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7 Comentários

  1. mto legal a matéria, cada vez mais me disperta o interesse em conhecer a história desse cara que levo o nome.

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    1. O Maior artista que pisou nesta terra. Antes de Preley não existia nada!!!

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    2. Mattos, ele é o Rei da música sem dúvidas!

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  2. Um excelente cantor!Eu conheci na minha adolescência até hoje sou apaixonada! E está matéria está excelente obrigada.😍🤗

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  3. Eu era bem jovem quando ele morreu. Hoje, bem mais velho e com experiência de vida. Desde sempre fui, continuo a ser e sempre serei um fã dele. Defeitos e problemas todos temos, mas o carisma dele, são raros o que tem, na verdade, ele é Único. Quando ouço ele cantar 'unchained melody', tenho certeza de que ele pensava em sua ex esposa. Ele cantou com o vozeirão que ele tinha e com alma. É como raros cantores interpretam algumas músicas, uns parecem robôs, outros parecem envolvidos com a música, é o caso dele. Como li no pinterest "não chorem porque morri, sorriem porque vivi".

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    1. Elvis era fora de série mesmo, por isso sua arte e seu legado jamais morrerão

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