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Sobre o Meio Ambiente no Brasil


O Brasil, de maneira geral, tem sérias dificuldades para tratar o lixo produzido pela população. Serviços de reciclagem nem sempre funcionam, isso nas raras regiões onde o sistema existe. Alguns casos são exemplo de sucesso, porém o que vemos é um problema gigante a ser resolvido pelos nossos futuros representantes em Brasília.

Segundo o site compam.com.br, o lixo brasileiro é tido como um dos mais ricos do mundo. Mas, para Heliana Katia Campos, secretária-executiva do Fórum Nacional Lixo e Cidadania, da Unicef, não está sendo dada a devida importância às questões relativas ao saneamento ambiental, em especial à coleta e destinação adequada dos resíduos. Com isso o que vemos é o despejo de resíduos de forma aleatória em nascentes, córregos, margens de rios e estradas, o que traz graves consequência para quem mora próximo ou mesmo para fauna e flora desses mesmos locais. Nas últimas décadas temos visto crescer o número de catadores, por vezes um exército de desempregados e famintos, que sobrevivem à custa da cata de resíduos para a sua alimentação e para comercialização [1].

Segundo dados de um relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado maio de 2010 no Ministério do Meio Ambiente, “o Brasil perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar um resíduo, encaminhando para aterros e lixões, que pode ser aproveitado” [2].

Em pleno século XXI, com o assunto do efeito estufa (ou aquecimento global) em alta, o que vemos é primeiramente a necessidade de conscientização das autoridades, as grandes detentoras dos recursos financeiros e dos poderes das leis, além de uma maior consciência por parte da população em geral.

No caso do Brasil, com pesquisas do Ipea e a divulgação do estudo Pagamento por serviços ambientais urbanos para a gestão de resíduos sólidos, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, instituiu um grupo de trabalho no início desse ano (que engloba o próprio instituto e outros Ministérios), a fim de avançar na reestruturação do Primeiro Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos associado a coleta de lixo e ao cooperativismo dos catadores.

Esperamos que as coisas comecem “desde ontem” a mudar e que os projetos que vem dando certo no sentido da reutilização de matérias, de resíduos sólidos e orgânicos, sejam seguidos e onde isso ainda nem foi pensado que comece a ser estruturado, planejado e executado.

Aos cidadãos brasileiros, e do mundo também, cabem ações simples, como não jogar lixo de forma aleatória em vias públicas, terrenos baldios, rios e nas praias. Nos vale ainda e desde sempre a boa e atual “educação ambiental”.




[1] http://www.compam.com.br/art_lixodia.htm, acesso em 29/09/10.
[2] IPEA. Desafios do desenvolvimento. Maio/junho de 2010.

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