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Cassilândia em debate

Raphael Santos


A relação entre passado e presente na formação do conhecimento histórico, remonta as questões teóricas que permearam a historiografia no princípio do século XX. Assim, compreendemos que são as motivações da experiência cotidiana que guiam os caminhos da pesquisa.



Partindo de tal orientação, o Curso de História das Faculdades Integradas de Cassilândia resolveu acompanhar os debates em voga na atualidade da sociedade cassilandense. Sendo assim, nosso primeiro foco de interesse é a atual situação política de nosso município. Nosso objetivo é de, simplesmente, promover o debate junto a população a cerca do que está acontecendo nos bastidores da política. Assim, tentaremos ao máximo nos mantermos neutros com relação as divergências entre nossos representantes, sem fazer apologia a ninguém e, tão somente, levar informação e esclarecimento ao cassilandense.

Em 2008, Cassilândia passou por um dos momentos mais turbulentos de sua história política. José Donizete (PT), prefeito do município na época, teve o mandato cassado acusado de improbidade administrativa. Tal fato, noticiado em rede nacional de televisão, refletiu nas eleições municipais seguintes. A indignação de parte da população fez com que a falta de envolvimento no meio político e, por outro lado, a experiência como proprietário e administrador de uma grande empresa de nossa cidade, prerrogativas do, até então, candidato Carlos Augusto (DEM), fossem essenciais para que o mesmo superasse seu principal oponente Baltazar Soares (PSDB) na disputa pela prefeitura de Cassilândia. Baltazar era considerado favorito para as eleições, devido ao trabalho realizado no comando do executivo após o afastamento do prefeito José Donizete, entretanto a vinculação do seu nome aos problemas políticos, foi um dos fatores que provocaram sua derrota nas urnas.

Três anos após o lamentável episódio, mais precisamente, no dia 22 de junho de 2011, o ditado popular que diz que “um raio não caí duas vezes no mesmo lugar” foi posto a prova. A população cassilandense acompanhou abismada mais um processo de cassação envolvendo o representante máximo do município. O prefeito Carlinhos (como ficou popularmente conhecido), teve o mandado cassado em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, acusado de improbidade administrativa por ter contratado sem licitação a advogada Nadir Gaudioso para elaborar o PCCS (Planos de Cargos, Carreiras e Salários) do município. Segundo a denúncia, o prefeito pagou a advogada R$ 13.779, acima do limite de dispensa de licitação, que é de R$ 8.000. Entretanto, o Juiz Plácido de Souza Neto concedeu liminar de suspensão a cassação do prefeito Carlinhos, alegando que o mesmo não teve direito ao contraditório e a ampla defesa.

Em busca de esclarecimento sobre o assunto, estivemos presente na Câmara Municipal no dia 27 de junho de 2011, na primeira sessão realizada após o episódio. Percebemos que outros membros da comunidade também foram em busca de respostas, e assim como nós, saíram desapontados, pois nada se falou sobre a cassação e reempossamento do prefeito. A única coisa que chamou a atenção foi o discurso, visivelmente emocionado, do vereador Admilso Cesário Santos (Fião), considerado braço direito do prefeito na Câmara, que apresentou alguns projetos que o prefeito vem realizando, e reafirmou seu apoio ao executivo.

Ao que parece, esse episódio está longe de um desfecho. Assim, estaremos acompanhando os desdobramentos deste caso para nos manter atualizado sobre a situação política de nosso município.

Veja como foi a sessão da Camara do dia 27 de junho, a primeira depois da cassação e reempossamento:


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