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Dos shows que vi na Virada Cultural de Curitiba 2012



Cheguei em Curitiba na sexta já pensando no que iria ver no sábado e domingo. Eu me preparava para acompanhar alguns shows da Virada Cultural 2012. Logo minhas expectativas maiores foram depositadas no show de Arnaldo Antunes. Eu sei, alguns vão dizer que preferem Zélia Dunkan, ou mesmo Zeca Baleiro, como alguns amigos meus, mas não foi meu caso. Eu queria ver um cara simpático, de voz potente, simplicidade e, as vezes, acidez bem-humorada. 

Na tarde de sábado fui ver Zeca Baleiro, no Palco Riachuelo. Para mim pareceu sem muita expressão, perto das minhas expectativas. Sei que alguns podem discordar, mas, no meu ponto de vista, Zeca Baleiro estava meio apático e parecia sussurrar algumas canções, parecendo perdido no palco em alguns momentos, o que, pelo que se sabe, não é comum. Não que o show tenha sido ruim, mas acho que poderia ter sido melhor. Dentre as músicas cantadas estavam Telegrama, Nega Neguinha e Toca Raul.


Zeca Baleiro. 
Foto de Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

No mesmo palco, já no começo da noite, vi Arnaldo Antunes, animado, usando bem sua voz grave e potente, destilando músicas conhecidas do público em geral, alguns sucessos dos tempos de Titãs, outras de suas participação como Tribalista. Deu espaço também para músicas mais pessoais, como A casa é sua e Música para ouvir



E assim foi o sábado. Depois de dois shows como esses preferi relaxar na casa da cunhada e me recuperar para o show que havia agendado para o dia seguinte. 


O meu domingo na Virada não foi muito ativo, mas aguardava o fim da tarde para ver A banda mais bonita da cidade. Pelo menos para os que conhecem seu mais aclamado hit, Oração, a banda curitibana parece responder a uma demanda por músicas que mesclam melancolia e felicidade irrestrita. Mas, quem segue a sequência de músicas do CD d'A Banda logo vê que o ar a ser respirado contêm substâncias das mais diversificadas. Mas o CD em si pode ser assunto para outra postagem, o que mais nos importa aqui é o show que fizeram na praça Nossa Senhora da Salete. 

Logo ao chegar percebi que o público d'A banda era bem diversificado, o que é muito legal, unindo algumas tribos diversas, que se misturavam ainda aos fãs de mangá que estiveram no local durante todo dia e aproveitaram para ver a apresentação que começou as 17 horas. Embora a maioria do público fosse jovem (no sentido etário da palavra), havia muitas outras pessoas "de família", com filhos e tal. 


Embora sempre eu estivesse com um pé atrás e carregasse na sacola algum preconceito com "bandinhas da moda", confesso que me empolguei bastante com a banda; me empolguei também com a voz agradável da vocalista, Uyara Torrente, que junta em si mesma jovialidade e carisma. Engana-se quem pensa que A banda vive só de hits melosos, por vezes trocando as "capas" para emanar sons bem "sangrentos". Os sentidos emanados vão do amor ao ódio, da vida a ser vivida entre "Mercadoramas" e "Orações" aos "harakiris" e "escuridões" regadas à vodka. 



A banda mais bonita da cidade. 
Foto de José A. Fernandes


Como sempre, encerrando para não "terminar sem um fim" a postagem, posso dizer que nos dois dias que passei "virando" culturalmente por Curitiba, pelo menos pelos shows que assisti, valeu a pena e fiz boas escolhas.




Veja abaixo um registro pessoal do show de Arnaldo Antunes


* Topo: Arnaldo Antunes na Virada 2012. Foto de José A. Fernandes

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