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Série Nordeste Brasileiro (encerramento): Os Migrantes



Encerrando a série Nordeste Brasileiro, quero falar brevemente sobre os migrantes. 

Em outro post falei sobre migrantes e imigrantes na história do Brasil, mas o que talvez não tenha dito é que uma grande parcela das pessoas que fizeram e fazem migração interna no território nacional são de origem nordestina.

As muitas pessoas que saem do Nordeste, há um bom tempo, o fazem procurando terras para a lavoura, emprego em grandes centros, alternativas para a seca ou desemprego em sua terra de origem. As vezes voltam (quase sempre vão querendo voltar), mas nem sempre o fazem. Em muitíssimos casos migraram motivados por propagandas ilusórias, seduzidos pelas muitas "delícias" de outras terras, coisas que não encontram na sua e quando encontram não tem como usufruir.

A grande maioria busca opções, inda mais nos casos de famílias numerosas, onde os filhos mais novos, que "sobram", saem em busca de dinheiro e alimentos, indo para os seringais, áreas de minério, carvoarias ou madeireiras da Amazônia, para as fazendas nas áreas fora do semiárido, os muitos canaviais do Brasil - que a cada dia parecem mais numerosos, as portarias de prédio, as linhas de produção e/ou a construção civil das grandes cidades (atualmente sendo vistos nas construções de estádios para a Copa do Mundo).

cortador de cana
Trabalhador canavieiro. Foto de FolhaPress

Claro que nem sempre os nordestinos migram por falta de opção, alimento ou dinheiro, em alguns casos ocorre a migração de pessoas com posses também e, num Brasil que tem gerado oportunidades em universidades e em diversas empresas, existem aqueles que buscam formação educacional e profissional e mesmo oportunidades de trabalho em funções melhor remuneradas. 

Enfim, esses são os nordestinos nossos de cada dia: pessoas que lutam, vencem as vezes, em outros casos não, que sofrem preconceitos por causa de sotaque, cultura e gosto musical, que são mal compreendidas porque mal conhecidas e que são, quase sempre, estereotipadamente chamados de "baianos", "cearás" ou "paraíbas". 

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No topo: Ariano Suassuna, dramaturgo e poeta paraibano. Foto de autor desconhecido.

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