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14 de julho: eis que cai a Bastilha!


Tomada da Bastilha (Jean-Pierre Houël).

Neste dia 14 de julho os franceses celebram, com direito a feriado nacional, com ou sem orgulho, os 224 anos da Queda da Bastilha por parte dos revolucionários em 1789. Antiga prisão situada em Paris, a mesma simbolizava o Antigo Regime francês, com sua divisão em Estados (Clero, Nobreza e Terceiro Estado).

A situação econômica e social da França naquele ano de 1789 não ia nada bem, passando o reino do absolutista Luís XVI por uma por uma grande crise financeira, desencadeada pelas dívidas contraídas de sua participação na Revolução que deu a Independência às Antigas Colônias Britânicas na América do Norte, que viriam a se chamar Estados Unidos. Claro que isso não explica tudo, tendo que ser somado à existência de um sistema desigual de taxações, que pesava sobre o Terceiro Estado em favor do Clero e da Nobreza. 

Em 5 de maio de 1789 os Estados-Gerais foram convocados e tinham a missão de  dar uma solução ao problema. Porém, as coisas não andaram como o esperado, isso porque foram impedidos de agir por protocolos conservadores e arcaicos do Segundo Estado, a Nobreza, que consistia em apenas 1,5% da população francesa na época. Em 17 de junho o Terceiro Estado, que incluía um número muitas vezes maior e diverso que os outros dois, com seus representantes mais poderosos vindos da bourgeoisie (burguesia), se reorganizou na forma da Assembleia Nacional, uma entidade cujo propósito era a criação de uma constituição francesa. O rei se negou de início a concordar com esta, mas não pode resistir por muito tempo e foi obrigado a reconhecer a autoridade da assembleia, que passou a ser chamada de Assembleia Nacional Constituinte.

Finalmente, a invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da PélaA burguesia havia formado a Guarda Nacional, ostentando rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução. Paris estava à beira da insurreição e havia um ar de incontrolável de liberdade e entusiasmo. 

Veja mais imagens da Bastilha (retiradas da internet):





Um livro
 livro revolução francesa
Michel Vovelle 

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Fontes:

François Furet - Pensar a Revolução Francesa, editora Edições 70, 1988.

Eric Hobsbawm -  A Revolução Francesa, Editora Paz e Terra, 2005.

Encyclopedia Britannicaedição de 1911: http://pt.wikipedia.org/wiki/Encyclop%C3%A6dia_Britannica_(edi%C3%A7%C3%A3o_de_1911

* Originalmente postado em 14/jul/2013

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