Ticker

6/recent/ticker-posts

História do Oriente Médio através da arte (parte 03) - FINAL DA SÉRIE




Chegamos à nossa última postagem sobre História do Oriente Médio através da arte, também nos encontramos na última da série sobre História do Oriente através da arte. Aqui trataremos sobre o livro ilustrado de Zakarīyā Ibn Muḥammad al-Qazwīnī (1203–1283), intitulado As maravilhas da criação. É mais uma mostra do período do califado Abássida (749-1258). Após essa postagem daremos uma pausa para abrirmos um especial sobre a Primeira Guerra Mundial!


Zakarīyā Ibn Muḥammad al-Qazwīnī (1203–1283) passou a maior parte de sua vida na região onde hoje estão localizados o Irã e o Iraque e atuou como juiz em Wasit e Hilla, no Iraque, durante o reinado do último califa abássida, Musta‘sim (1240–1258). 

Al-Qazwīnī foi também um geógrafo e historiador natural, e famoso por seu conhecimento enciclopédico. Esta obra, Kitāb ‘Ajā’ib al-makhlūqāt wa-gharā’ib al-mawjūdāt (As maravilhas da criação, ou, literalmente, Maravilhas das coisas criadas e aspectos surpreendentes das coisas existentes), foi escrita após viajar pela Mesopotâmia e a Síria, provavelmente na sexta década do século XIII e é considerada a cosmografia islâmica mais famosa. 

As muitas cópias do manuscrito mostram que, por séculos, foi um dos livros mais populares no mundo islâmico. O manuscrito que usamos nesta postagem contém vários desenhos esquemáticos sobre os planetas e mais de 400 miniaturas e pinturas. Ele foi concluído em 1280, três anos antes da morte do autor, e é a mais velha testemunha textual do trabalho original. 

A primeira parte trata do mundo celestial, enquanto a segunda parte descreve o mundo terreno. Em outras palavras, o tema central do livro é dividido em dois agrupamentos amplos: o sublime e transcendental, e o bruto ou material. A cosmografia baseia-se na doutrina da unidade de Deus e na unidade do universo como uma criação divina. O retrato de anjos, que aparecem, estranhamente, ágeis e vívidos, merece atenção especial. O uso extraordinário de cores no manuscrito torna os anjos em criaturas translucentes brilhantes.


Do ponto de vista da amplitude de informações contidas em sua obra, al-Qazwīnī é frequentemente comparado ao grande erudito romano Plínio, o velho (23–79 d.C.) e muitas vezes chamado de “Plínio da Idade Média”. 

A seguir, fugimos um pouco da regra, postando 8 imagens (contando a do topo)! Caso desejem, vejam o livro completo, cliquem aqui.










<< A ÍNDIA >>

<< A CHINA >>

Postar um comentário

2 Comentários

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...