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Dos professores: entre orquídeas e percevejos [por José A. Fernandes]





Já fui aluno, todos de alguma maneira fomos. Nessa fase passei por momentos vários, alternando entre a euforia de descobertas e o desânimo diante dos adversos irresolvíveis. E eis-me hoje, como professor também. E o que colher no caminho que escolhi?

Como observador por prazer que sou já vi muita coisa, apesar de não ser velho. Entendi muito e me confundi demais também. Não sei de tudo, aliás sei pouco, mas parece que quase tudo me provoca e atrai no mundo dos homens primatas. A atração nesse caso não é sempre fascinação, pois muito do que vejo me dá desgosto, às vezes, ainda mais por dizermos que somos os mais pensantes dos animais. 

De qualquer forma, vivo entre aprender e ensinar, mesmo que essa tentativa de ensinar me tire o folego, me aumente a pressão, por vezes me exalte o sistema nervoso. É, professor se exalta, e como! Vivendo em alguns momentos em alta tensão.  

Mas, sem demagogia, me parece que continuo num processo de troca, como naquela frase famosa atribuída a Cora Coralina, onde "feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". Claro que não vemos só orquídeas na estrada do professorado, também há pulgas e percevejos. 

Não se espante com o que acabou de ler. Com asseio e paciência podemos drenar, limpar e florar alguns antigos lamaçais, onde só se via mato e pragas. Há também, claro, aqueles floridos campos, onde basta regar que nasce, esses são os que nos dão mais prazer.

Enfim, o que quero dizer nesse momento é que ser professor é seguir o caminho, entre orquídeas e percevejos. Quem dera as flores apareçam, os campos se colorem e os percevejos... ah, que subvertam a lei da natureza e se transformem também!


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* Originalmente postado em 15/out/2014.

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