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Buenos Aires em 8 dias (janeiro de 2015)




Buenas chicos, nessa postagem vou contar para vocês um pouco do que vivi em Buenos Aires, Argentina, nesse caliente janeiro de 2015. A viagem foi cansativa, mas valeu muito a pena. 

Como queria experimentar, optei por uma viagem mais em conta, indo de ônibus, com meu grande amigo Eudes Fernando. O trajeto todo para mim começou de onde moro, Guaramirim, Santa Catarina, seguindo para Foz do Iguaçu, Paraná, onde passei uma noite, indo no dia seguinte para Ciudad del Este, no Paraguai, onde comprei umas bugigangas, seguindo finalmente para Buenos Aires, na Argentina. Na volta da mesma maneira.

Foi demorada essa "mochilagem", cerca de 3 dias e meio só na estrada, mas sobrou dinheiro para sobreviver 8 dias naquela cidade dos argentinos e ainda fazer umas compras.


Dia 1


No primeiro dia, quando chegamos à cidade, logo pegamos uma chuva. Mas como o plano era ir à Feira de San Telmo, assim fizemos. Alguns feirantes, como é natural, haviam ido embora, mas ainda sobrou muita coisa para ver, incluindo no caminho o Mercado de San Telmo, um espaço permanente muito legal para quem gosta de antiguidades, como eu. 

Só voltamos à noite para o hostel. Aliás, devo dizer que optamos por ficar em hostel (albergue da juventude), como já fiz várias vezes por ser mais em conta, sendo o da vez uma filial da rede Che Lagarto.


Dia 2


No segundo dia, o plano era encontrar a calle Florida, importante rua de Buenos Aires quando os assuntos são galerias, comedouros e câmbio. Por lá se ouve a todo momento "câmbio, câmbio, câmbio" ou "Euro, reales, dólares" e assim se vai cruzando a rua até o fim, que dá em uma grande praça onde se pode encontrar monumentos em homenagem a San Martin, el Libertador - como, aliás, em outros tantos lugares da cidade -, além de haver ali também um monumento em homenagem aos mortos na Guerra das Malvinas.

Enquanto estava na Florida procurei a loja do agora meu amigo Carlos Ares, a Elvis Shop, única loja na Argentina que vende só produtos relacionados a Elvis Presley. Claro que fiquei maravilhado com as coisas à venda, comprando alguns itens para minha coleção e procurando saber um pouco sobre o espaço, no que marcamos uma entrevista para os dias seguintes.


Dia 3


Logo que a terça começou já estávamos pensando no que seria feito. E esse foi um dos dias em que mais andamos. O primeiro alvo dessa vez foi o Estádio La Bombonera, do Boca Juniors, que para os leigos em futebol é o time de Maradona, Palermo  e de Riquelme. Estando lá não resisti e fui visitar o museu do clube, o que valeu os 95 pesos pagos pela entrada, que dava direito à uma vista panorâmica do estádio. 

Depois de visitar a Bombonera, a fome apertou. Fomos então para um restaurante ali do lado, onde experimentei uma Parillada (uma mistura de carnes, que chamaríamos aqui tortamente de "churrascada"). Não sei se era porque a fome tava "monstra", mas a coisa demorou bastante.

Saindo dali, o destino foi o famoso cemitério da Recoleta, lar de alguns dos defuntos mais ilustres de Buenos Aires, incluindo Evita Perón, outra personalidade nacional muitíssimo cultuada. E o lugar é tão assombroso que dá arrepios (clique aqui e veja). 

Saindo dali fomos à igreja que há do lado do cemitério, a Basílica Nuestra Señora del Pilaronde havia um museu, seguindo depois para o Centro Cultural da Recoleta, onde houve uma pausa bem merecida para um café, um dos nossos rituais diários em BA.

E para quem pensa que a caminhada havia terminado, voltamos do bairro da Recoleta até San Telmo (cerca de 4,9 km) à pé, o que pareceu uma eternidade pra chegar, ainda mais para caminhantes de primeira viagem. Mas chegou, e não pensamos duas vezes antes de comprar a nossa Quilmes do dia, outra prática que mantivemos quase imaculada - isso porque nos dias em que não tomamos a cerveja mais famosa do país, optamos pela Stella Artois, que nos muitos mercadinhos do Carrefour que há por lá estava mais barata.


Desculpem os argentinos, mas... Smeagol é você?
Foto de José A. Fernandes


Dia 4


Com o cansaço do dia anterior, a caminhada da quarta foi mais light, ou quase isso. Começamos com atividades mais pragmáticas, ligadas à minha pesquisa de Doutorado, levantando documentos no Indec (Instituto Nacional de Estadística y Censos). 

Mas a seriedade da pesquisa foi seguida por uma pequena entrevista (depois posto o vídeo) com Carlos Ares, da Elvis Shop. Aliás, se ele estiver lendo, saiba que fiquei muito grato pela atenção!

Dali visitamos ainda a Catedral Metropolitana de BA, das origens do Papa Francisco. No local se encontram os restos mortais de San Martin (lembram dele?), com direito a um monumento suntuoso e guardas com roupas engraçadas na porta do local.


Obelisco. Foto: José A. Fernandes


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Dia 5


Nesse dia fomos ao Museu Histórico Nacional. O lugar é bem bacana, com amplo acervo de armas e outras coisas relacionadas à história do país, contando com um espaço multimídia para crianças (mas claro que usei também) e uma imagem interativa adivinhem de quem? Claro, de San Martin. Nesse último caso você pode fazer perguntas sobre a história da Argentina, e o San Martin virtual responde. 

Dali fomos para Puerto Madero, um dos lugares que nos havia sido indicado. Confesso que não me atraiu muito, exceto por um navio que havia sido parte da Guerra das Malvinas. Se bem também que o local seja mais para ser frequentado à noite e não à tarde, como fizemos.


Dia 6


Entre as grandes atrações do sexto dia estava o Malba (Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires). Havia lá uma exposição interessantíssima de obras de Antonio Berni, chamada Juanito y Ramona. Havia também outras obras de pintores famosos, como Portinari e Frida Kahlo.

O dia seguiu com um passeio pela Feira Popular da Recoleta. Apesar do nome e de alguns itens interessantes, os produtos ali eram mais caros que a Feira de San Telmo.

À noite, após uma pausa para o descanso, o alvo foi um bar de cervejas artesanais, na mesma na rua do hostel, chamado Antares. Afinal, voltar pra casa sem sair pelo menos uma noite não ia ser muito legal. E nem preciso dizer (já dizendo) que a experiência valeu a pena, ainda mais pela degustação de 8 tipos diferentes do suco da cevada.


Eu e Gardel, Gardel e eu. 
Foto de Eudes Fernando Leite

Dia 7


No sábado, a saudade de casa já estava batendo. Mas, ainda havia alguns lugares na lista para visitar. 

A primeira parada do dia foi a Casa Rosada, sede da presidência da República. Por fora o lugar bem que está precisando de uma boa reforma, mas por dentro compensa a vista. Não chegamos a fazer a visita mais ampla, monitorada, pois iria demorar bastante, já que só acontece nos sábados, domingos e feriados, dias em que o lugar fica bem cheio. 

Depois, mais uma vez passamos pela rua Florida, parando um pouco na praça de San Martin, já mencionada, de onde rumamos para o Planetário. Esse último é um bom lugar para quem gosta de ciências e aprender um pouco sobre o espaço e seus mistérios.

Dali voltamos para o centro de táxi, parando no Obelisco, como fizemos com frequência, de onde andávamos o resto do trajeto à pé. Aliás, nem perguntem sobre Metrô e Ônibus pois ou andamos à pé (o que ocorreu na maior parte do tempo) ou fizemos algum trajeto de táxi, que por lá é mais barato que aqui.


Dia 8


Domingo era dia de partir. Mas antes, mais uma passada na Feira de San Telmo, afinal, às 10 da manhã fizemos o check-out e precisávamos de algo para passar o tempo até às 19hs. 

E o tempo passou legal, aproveitando para comprar algumas coisas que não haviamos adquirido ao longo dos outros dias da semana, como por exemplo um "mate" (como é chamado lá a cuia para tereré ou chimarrão) e uma bombilha, com o mesmo fim, e uma pequena estátua de dançarinos de tango, além de um disco de Elvis.

Tendo cumprido o tempo de espera, seguimos para o Terminal do Retiro, de onde se repetiu o trajeto até o Brasil, levando, claro, junto as malas pesadas e mais um monte de lembranças.

Veja fotos:

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* Foto do topo: Feira de San Telmo. De José A. Fernandes. Todas as demais são de autoria de José A. Fernandes e Eudes Fernando Leite.

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