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O contato entre os europeus e os africanos | Início do período colonial | José A. Fernandes




Nesse texto curto, vemos um pouco de como foi o contato dos europeus com as diversas regiões da África e o que eles buscaram e conseguiram nesse imenso e rico continente. 

Os portugueses foram os primeiros a contornar a África por baixo pra chegar às Índias. Após conseguirem passar o Cabo da Boa Esperança (que antes chamava-se Cabo das Tormentas), os portugueses entraram em contato com a costa da África banhada pelo Oceano Índico. 

Depois dos portugueses vieram outros europeus como os holandeses, franceses, e ingleses. Quando chegaram nessas regiões, para os portugueses as novas culturas não eram o que mais importava e sim o que poderiam tirar em termos comerciais  e de riquezas do contato.



Entre os produtos desse contato, os escravizados passaram a ser os bens de maior interesse para os portugueses e também para outros povos europeus. No continente África era comum a prática da escravidão, em que normalmente a pessoa se tornava escrava por uma forma de condenação, um crime cometido, acusado de práticas de bruxaria, por perder uma guerra, etc. 

Mas por lá não tinha descriminação pela cor da pele e a escravidão não era a mesma coisa que veríamos nas mãos dos europeus. Os escravos tinham muitas liberdades entre os reis africanos (negros ou árabes que dominaram algumas regiões), inclusive assumiam cargos importantes. Não eram mera mercadoria.

O comércio em geral que já existia entre o norte da África e a Europa, passou a incluir a partir dos séculos XV e XVI a costa Atlântica e o Oceano Índico. Eram importantíssimas as rotas transaarianas - onde havia forte presença árabe e muçulmana - que ligavam diversos reinos africanos. Com os novos caminhos e novos pontos de contato, se tornaram importantes também os entrepostos e fortificações ao longo das demais regiões de praia africana no Atlântico e no Índico. 



A região ocidental da África é banhada pelo Oceano Atlântico, na qual havia reinos importantes como o de Gana, do Mali e de Songai. Havia reinos ricos e muito desenvolvidos também na parte oriental do continente. No longo percurso de contorno, os portugueses começaram a usar a costa africana para parar, e fazer reparos nas embarcações e se reabastecer, também aproveitaram para buscar produtos para venderem com altos lucros na Europa.

Da África, eram levados produtos, como ouro, pedras preciosas, sal, marfim e, claro, os escravizados. No século XVI a escravidão se tornou um negócio altamente lucrativo para os europeus, que envolvia uma ampla rede de apresadores, transportadores e comerciantes que os levaram sobretudo para as colônias na América.

Na África, além do comércio em si, os europeus descobriram uma imensidão de novas coisas; encontraram muitos elementos novos como plantas, animais, alimentos. Claro que nesse processo de contato com a África (assim como foi também com a América) os europeus julgavam as culturas, os costumes, as línguas, as religiões e mesmo as roupas a partir de seu olhar eurocêntrico, frequentemente olhando de cima, se sentindo superiores. 

Dessa forma, mesmo incorporando inúmeros elementos culturais e linguísticos africanos em suas próprias culturas, os europeus continuariam se vendo como superiores, tentando impor sua religião, seus costumes e sua "visão de mundo".

Em Costas Negras
Manolo Florentino
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