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THE LAST FAREWELL: O último show de Elvis Presley | Sergio Biston




Nessa postagem ficamos sabendo um pouco sobre o último show do Rei do Rock, realizado há 43 anos atrás!

Dentro da arena, o burburinho era o costumeiro. Fãs de todas as idades e localidades movimentavam-se freneticamente, esperando ansiosos 
o momento em que o lendário cantor entrasse no palco. Vendedores anunciavam os souvenirs, posteres, fotos... A atmosfera era de eletricidade e ansiedade.


A fila dos fãs antes do show

Então as luzes se apagaram. O burburinho da lugar a gritos e assobios e em instantes os primeiros acordes de 2001 – Uma Odisséia no Espaço ecoam pela arena escura. Após poucos segundos Larrie Londin explode com o riff de entrada de C.C. Rider e Elvis entra no palco do Market Square Arena, em Indianápolis, para fazer o último show de sua carreira. 

Os 18.000 pagantes que lotavam o estádio presenciariam o fim de uma carreira singular na história do mundo da música. Nunca antes um artista havia capturado o coração de tantos. Nunca antes um cantor havia revolucionado o campo musical e influenciado os costumes de uma geração da forma que Elvis o fez. E agora, essa lenda viva pisava pela última vez em um palco.



Embora o ano de 1977 tivesse sido um ano de muitos altos e baixos para Elvis, onde vários shows de baixa qualidade foram apresentados e sua saúde estivesse no ponto mais baixo, seus últimos concertos foram bastante agradáveis. Ironicamente, em Indianápolis Elvis fez talvez o melhor show desta turnê e possivelmente o melhor do ano. Presley está de bom humor, sua voz firme e bem impostada e as performances são concentradas.

Assim como sua última temporada em Vegas, o repertório é uma despedida inconsciente. Estão lá as novas canções, bem como os clássicos eternos, mesclados com pequenas preciosidades como I Cant Stop Loving You, Bridge Over Troubled Waters e Release Me. Algumas músicas destacam-se. Embora Elvis as tenha cantado centenas de outras vezes, aqui, em suas derradeiras execuções, elas se tornam um pequeno pedaço de sua biografia.

Em You Gave Me A Moutain, revela suas dores: a morte de sua mãe, a separação de sua esposa, a desintegração familiar e o lento e melancólico esfacelamento de seus sonhos e ideais. Já Hurt é quem sabe um recado a sua ex-mulher. Um recado melancólico, desesperado e em tom de amargura. O mesmo pode ser dito de I Really Don't Want To Know, originalmente lançada no soberbo Elvis Country e que aqui se transforma em um retrato amargo do que poderia estar passando por sua cabeça com relação a Priscilla. “Quantos braços haviam a segurado, quantos lábios haviam a beijado?”, “Realmente não quero saber”, complementa ao final. Embora não cante todos os versos da canção, a voz embargada e encharcada no arrependimento e na amargura faz com que finalmente Elvis ache a verdade na canção.



Mas, é em Bridge Over Troubled Waters que temos o momento mais arrepiante do show. Não porque essa seja sua melhor versão, não é o caso, mas sim porque o trocadilho de Elvis representa perfeitamente a relação de amor recíproca entre ele e seus fãs. “Quando você estiver
ferido, se sentindo pequeno, quando lágrimas estiverem em seus olhos, lhe darei uma echarpe”.

Eles se apaixonaram por ele nos idos da década de 50 e ele correspondeu pelo resto da sua vida. Também por eles Elvis estava naquele palco pela última vez, mesmo com sua saúde e aparência debilitados. Por eles, ele se esforçou para alegrá-los, mesmo quando a tristeza permeava seus pensamentos e suas canções.

Então, sempre muito antes do esperado, o dedilhado do piano veio para anunciar o final do concerto. Os inconfundíveis versos de Can't Help Falling In Love preencheram uma arena pela última vez.


A crítica de Zach Dunkin para o Indianapolis News
(clique para ampliar)

Em poucas semanas a alegria daria lugar à tristeza e à saudade. Numa tarde quente de terça-feira, Elvis despediu-se desta vida. Deixou-nos muito mais do que echarpes. Deixou sua música, carisma e bom humor. Foram 33 filmes de sucesso, 18 primeiros lugares na Billboard, uma soma inigualável de discos vendidos no mundo todo e milhares de
apresentações lotadas na America do Norte. Em cinco anos ele seria esquecido, apostavam os cínicos. Mas passados mais de quarenta anos, continua mais vivo do que nunca no imaginário popular.

Elvis talvez tenha deixado o recinto, mas sua música, voz, personalidade e imagem continuam vivas na mente de milhões de crianças, jovens e adultos.

“E aqueles tempos felizes, que um dia conhecemos,
embora tão distantes, me fazem ficar tão triste.
Dizem que o tempo cura um coração partido,
Mas o tempo ficou parado desde que nos separamos
Então vou viver minha vida, em sonhos do passado”

Market Square Arena, Indianapolis, IN, EUA
26 de Junho de 1977 


A playlist do show

01. Also sprach zarathustra
02. See see rider
03. I got a woman / Amen
04. Love me
05. Fairytale
06. You gave me a mountain
07. Jailhouse rock
08. O sole mio (sung by Sherrill Nielsen) / It´s now or never
09. Little sister
10. Teddy bear / Don´t be cruel
11. Please release me
12. I can´t stop loving you
13. Bridge over troubled water
14. Introductions
15. Early morning rain
16. What´d I say
17. Johnny B Goode
18. Introductions continued
19. I really don´t want to know
20. Introductions concluded
21. Hurt
22. Hound dog
23. Special thanks by Elvis
24. Can´t help falling in love with you
25. Closing vamp


A frase de encerramento

"We'll meet you again, God bless, adios" 


Mais algumas fotos do show


 
 
 
 


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