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SÉRIE: Por Dentro das Prisões Mais Severas do Mundo



Assisti a esse reality das prisões e gostaria de falar um pouco a respeito pra vocês.

O número de séries da vida real que tratam de temas relacionados a serial killers, criminosos confessos ou não, investigações e prisões estão se multiplicando. Isso é natura, afinal, existe um público pra isso. Tem gente que assiste pra entender os seres humanos; outros assistem por puro deleite. O fato é que estamos falando da realidade, dos crimes, das investigações e das punições.

É aí que podemos inserir a série Por Dentro das Prisões Mais Severas do Mundo, da Netflix, apresentada por Raphael Rowe, um ex-presidiário, inocente, que ficou 12 anos injustamente encarcerado e que conhece muito da realidade em que viveu, e também por Paul Connolly. Mas, aí que tá a "graça" dessa série, porque eles vão descobrindo a cada episódio coisas que jamais haviam visto antes ou que só ouviram falar de forma muito pouco clara!



A cada episódio, mergulhados por alguns dias em uma prisão, em um país diferente, eles encontram mundos muito diferentes entre si. Descobrem formas diferentes de se confinar pessoas, quase sempre partindo da ideia de que "prisões não são retiros, mas espaços de punição". Eles buscam observar diversos elementos, tais como formas de confinamento, propriamente, formas de punição e formas de ressocialização.

Em cada lugar eles percebem (e nós também) realidades muito diferentes. Isso inclui, dentre outras, uma prisão muito bem organizada e "promissora" instalada em um antigo castelo na Alemanha; uma prisão no centro de Bogotá, capital da Colômbia, país que mais produz cocaína no mundo; uma prisão em Porto Velho, aqui no Brasil, dominada por facções criminosas; até prisões de condições no mínimo primitivas, como em Lisoto, ou mesmo extremamente desumanas, como no Paraguai!


Prisão de Tacumbú, Paraguai

Em geral, todos os dirigentes prisionais alegam buscar de alguma forma e com os recursos de que dispõem a reabilitação dos presos. Mas na maioria dos casos o que se vê são espaços quase que puramente punitivos. Uma e outra prisão mais parecem zoológicos de gente. As drogas estão em quase todas, como uma realidade "pacificadora", permitida para acalmar os ânimos. Em outras, até mesmo o cigarro é proibido, por ser considerado moeda de troca no mercado carcerário. As doenças e a AIDS marcam presença com força.

As violações dos direitos humanos em boa parte das prisões visitadas aparecem, sendo que em algumas delas são gritantes. Em outras a economia do país não permite nem mesmo alimentar regularmente os presos, vesti-los ou dar-lhes cama. 


Prisão primitiva de Lisoto

Mas, há exceções. Nisso as prisões de Halden, na Noruega, e de Schwalmstadt, na Alemanha, são modelos a serem imitados. Elas continuam sendo prisões e muita gente que entra não terá nunca a menor condição de ressocialização. Mas nelas a punição não é (e não pode ser) a única preocupação, talvez nem mesmo a principal. Se estimula o aprendizado de ofícios, a auto-reflexão e se premia os progressos. Ainda que possam ser apontados defeitos, os episódios nos mostram que há muito o que se considerar positivo nessas experiências.


Prisão Halden, Noruega

Enfim, há muito também que se aprender sobre crime/castigo/arrependimento/mudança; e muito com que se surpreender nessa série. Vale muito a pena ver (trailer abaixo).


 prisões mais severas do mundo
Estarão as prisões obsoletas?
Angela Davis 
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Assista ao trailer


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Antes de sair, assista ao nosso vídeo O que foi a Guerra Fria? Clique aqui ou na imagem abaixo!


 Guerra Fria segredos

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