Minha experiência com o covid-19 | um texto muito sincero da aluna Aghata da Silva

Quase no fim das aulas, pedi aos alunos que criassem um texto contando suas experiências com a pandemia do covid-19. Foram muitas respostas tocantes, profundas. Mas, essa se destacou, de uma aluna que não foi "doutrinada", mas que com apenas 13 anos tinha muito pra dizer, com sentimento e bom humor. O texto ficou tão bom, que decidi compartilhar com vocês!

A minha experiência na pandemia foi deveras chata, tediosa, monótona. Resumindo, um INFERNO. Eram só 15 dias, que viraram 2 semanas e enfim quase 2 anos!

As aulas online foram uma m**da. Faltou as engrenagens da minha cabeça pegarem fogo. Minha mãe me deixava louca. Ela não tem paciência, mas, se bem que eu seja igual...

Eu não pude sair para fazer nada. Até com meus ursos de pelúcia eu falava.

Como passei de ano? Não sei. Foi sorte divina, porque não aprendi foi nada. O que mais me deixou pistola é que os professores tacaram pra cima da gente um monte de atividades.

E ainda tem a bendita dessa máscara, que parece uma fucinheira.

Sinceramente, o governo tá criando uma falsa sensação de que as coisas estão melhorando. Aí eles fazem as festas de final e início de ano, lucram o que tem que lucrar, e depois vão ter que fechar tudo de novo.

E também, ano que vem vai ter Bolsonaro x Lula. Vai ser mó treta.

Mas, tirando tudo isso, eu espero realmente estar errada.

Outro ponto a se falar, é a vergonha que o presidente fez a gente passar. O cara mentiu mais de uma vez na ONU. Sério, lamentável!

2021 também vai ficar lembrado como o ano que nunca começou. Porque na minha cabeça ainda é 2020. Tipo, que merda que aconteceu aqui?

Além de que houve uma das maiores manifestações do planeta: Vidas negras importam. Além de outros movimentos por direitos humanos.

Um fato que me irrita muito é que os próprios governantes meio que ca***am pros brasileiros. Acredita que tão vendendo osso? Absurdo, eu sei...

Em 2021 o brasileiro se lascou, viu!? Mas, mesmo assim, a gente ainda consegue rir das próprias desgraças.