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RESENHA: Rocketman, história de Elton John

 


Depois de um bom tempo do lançamento nos cinemas, mas sempre a tempo para uma boa interação, quero falar um pouco sobre o filme Rocketman, uma biopic que conta um pouco da história do grande Elton John.


Eu demorei para assistir o filme, tanto que só agora, depois de tempos que o filme saiu de cartaz eu estou escrevendo essa resenha. E acho que fiz isso justamente porque o filme não me empolgou a princípio. Ao contrário do filme Bohemian Rhapsody, eu não senti a mesma pressa de assistir.

Mas assisti. E quero compartilhar com vocês um pouco da minha impressão e, quem sabe trocarmos algumas ideias a respeito dele ao final. 

O filme começa já no fim, com o cantor em uma sala de terapia, para retroceder, mostrando aos poucos em forma de lembranças como foi a infância, a adolescência e o início de tudo para Reginald Kenneth Dwight. A preocupação desde o início é mostrar a vida nua e crua daquele que viria a se chamar Elton John.


Assim, o filme mostra a infância, a falta de carinho e atenção do pai; assim como as aventuras amorosas e desventuras da mãe (a lindíssima Bryce Dallas Howard, atriz de Jurassic World e outros) e sua forma de lidar com a vida e com o filho. Reginald, interpretado por Taron Egerton, era um garoto tímido, mas que desde novo mostrava talento, a princípio especialmente com piano. Esse talento foi se desenvolvendo, assim como algumas questões foram surgindo, como sua sexualidade, algo que ele teve que manter em segredo da família até os momentos iniciais da sua fama.


O menino cresceu, conheceu pessoas que seriam importantes na sua trajetória artística. Especialmente o amigo e compositor Bernie Taupin (interpretado por Jamie Bell). Os dois desenvolvem uma amizade sólida, que dura até hoje! Mas, antes de virar Elton John, Reginald trabalhou como pianista em pubs, assim como trabalhou com o grupo Corvettes.

Bom, encurtando um pouco a história, afinal, a ideia é falar do filme e não exatamente fazer uma biografia, ele foi desenvolvendo seu talento como pianista, compositor e logo cantor. Assim que procuraria gravadoras, até conseguir ser lançado como cantor. Daí em diante, quem conhece sua história sabe da ascensão meteórica, das vendas altíssimas de discos (que nos anos 1970 competiam, em números, com os Beatles e Elvis Presley).



Mas, como todo rockstar, ele começou a experimentar os outros dois elementos intrinsecamente ligados: sexo e drogas (álcool, anfetaminas, cocaína, e por aí vai...). E é essa uma das faces mais exploradas no filme. Nesse ponto, acho que a coisa poderia ter caminhado em outro sentido (ou talvez não). Afinal, para quem não conhece ou não conhecia Elton John (especialmente gerações mais novas), poderia reagir de duas formas: ver o filme como um drama, menos que um filme sobre arte; ou se espantar, afinal, esperava justamente ver um artista e suas façanhas artístas. Por isso, talvez, o filme não tenha tido a receptividade que teve Bohemian Rhapsody, que explorou (me parece) mais o lado artístico, embora esse último também tenha dado visibilidade aos problemas de Freddie Mercury. 

Não que o filme seja ruim. Longe disso. Há cenas memoráveis, há momentos emocionantes, há música. Aliás, a aposta do diretor Dexter Fletcher e dos produtores foi em uma espécie de musical. O que pode também ter efeito incerto em quem não gosta desse estilo. Há sensibilidade no filme, o que é ótimo; especialmente com a questão da sexualidade de Elton John; assim como um dos elementos centrais do filme, que é mostrar os problemas dele com o alcoolismo - o que o levam a clínicas de reabilitação e, enfim (spoiler), a sua sobriedade, afinal. 


A bilheteria nos cinemas não foi das melhores: 195,3 milhões de dólares, contra 910,8 milhões conseguida pelo filme Bohemian Rhapsody. O que se explica pelos fatores que apontei acima (tipo de enfoque, forma de tratar o artista, que perdeu espaço para a pessoa; dentre outros), todos limitantes de público, a meu ver. 



Mas, o filme é bom, tem roteiro interessante, tem fotografia bonita, música das melhores, com o próprio ator cantando. Conta (em parte) a história de um dos artistas mais bem-sucedidos do século XX. Por isso, vale muito a pena ser assistido e quem sabe ser mais valorizado nas plataformas de streaming e canais pagos do que foi no cinema.


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