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O Setembro Amarelo e a alerta contra DEPRESSÃO

     



O vazio, a angústia e o medo são alimentos para a depressão. Esses dois sentimentos tem a ver com a nossa percepção sobre si, com as crises existenciais, com a falta de "sentido da vida" ou a percepção de que esse sentido no fim das contas não existe. Por isso a reflexão que faço nesse post.

O mundo em que vivemos atualmente é um mundo de estimulos infindáveis, como os shoppings, as redes sociais e as ferramentas novas lançadas diariamente para nos tornar mais "felizes", "saudáveis" e "positivos". Essas coisas nos prometem segurança em um mundo violento, nos prometem sociabilidade em um mundo de solidão, nos prometem facilidades em um mundo difícil de se viver.

Tudo isso na verdade nos oferece uma positividade tóxica, que por vezes mascara realidades mais complexas e sentimentos mais profundos; que são jogados por debaixo do tapeta de uma sala cheia de músicas animadas, cores chamativas e promessas de sucesso pessoal.

Nessa sociedade atual, nos cansamos, nos exaurimos, nos vemos angustiados quando termina uma música ou um show que momentaneamente está nos "satisfazendo". Nesse momento nos sentimos vazios. 

Daí procuramos mais e mais elementos que nos "preencham", como novas compras, novos shows, novas drogas; numa ânsia constante e numa busca que não tem fim. Aliás, tem fim sim. Para muitos, chega um momento em que os paliativos dessa sociedade de consumo já não fazem mais efeito. Vem então o sentimento de vazio novamente, de que não somos bons o suficiente, de que o mundo não nos entende e que tudo o que fizemos ou compramos não foi capaz de preencher esse vazio.

Daí nos fechamos, não conseguimos mais nos relacionar; não temos vontade de trabalhar; não nos cuidamos mais, ficamos "feios", ganhamos peso. O que contribui para pensarmos que ninguém se importa com a gente; ninguém nos quer... Pra que viver então se nada mais faz sentido?

Aí que acende o sinal amarelo. Mas, esse sinal nem sempre é percebido pela pessoa que está assim. Ela vai sorrateiramente entrando num mundo assustador, mas que parece o único mundo que ela pode se esconder de si e da sociedade. Por isso a empatia dos que estão a nossa volta é importantíssima. Por isso sempre defendo um mundo onde a palavra NÓS é muito mais bonita que EU, TU e ELE sozinhos.

Se importar com o outro, perceber os sinais, oferecer-se para trilhar junto. Oferecer ajuda ou companhia para que a pessoa encontre ajuda. A tarefa não é fácil, mas precisa ser feita com atenção e cuidado. Buscar apoio de quem entende disso, fazer terapia. Terapia que não é sinal de fraqueza e precisa ser vista por quem está sofrendo como sinal de FORÇA.

Nesse sentido, a filosofia, a psicologia, a psicanálise, as ciências que estudam a mente em geral, têm uma preocupação por definir o que seja o SER, como ele pode se entender e o que pode fazer consigo mesmo. Embora não tenham um "remédio", não trabalhe com a ideia de "cura", oferecem possibilidades de compreensão, onde se pode encontrar o ser de si mesmo e através de tentatidas refletidas diminuir sentimentos autodestrutivos. Diferente de couchs da modinha e livros de autoajuda despreocupados, a busca feita por esses profissionais é no sentido de mostrar à pessoa que sofre que é possível encontrar um caminho, que o sentido da vida é viver, encontrar-se no mundo, compreender-se.

Ligue o alerta, preste atenção nos que estão a sua volta. Se você é quem sofre, busque ajuda, não se sinta inferior por isso.


Depressão não é fraqueza
Leandro Teles
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